Quarenta e dois anos pela Medicina do Trabalho

Quarenta e dois anos pela Medicina do Trabalho

São muitas as vitórias que a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) continua a acumular passadas suas mais de quatro décadas de história. Nascida no dia 26 de março de 1968, dois anos depois de o Congresso Internacional de Medicina do Trabalho em Viena (Áustria) ter registrado a participação de apenas cinco representantes brasileiros, a entidade marca a associação de mais de 4,6 mil médicos com o 14º Congresso da Anamt, que acontecerá entre os dias 15 e 21 de maio em Gramado (RS).

Já se passaram 39 anos desde a organização da primeira edição do encontro nacional, realizado na cidade paulista de São Bernardo do Campo com o apoio integral da prefeitura municipal e do Ministério do Trabalho. Naquele ano, também foi aplicada a primeira prova de título de especialista em Medicina do Trabalho (MT), exame que será promovido pela trigésima vez no congresso do Rio Grande do Sul.

Presidente da Anamt, Dr. Carlos Campos diz ser difícil resumir todas as conquistas na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) em todos estes anos de história, pois elas estão enredadas com a evolução do país e do mundo. “A Anamt surgiu em uma década em que o planeta passava por transformações profundas no campo do direito civil. A posição do homem frente ao Estado como cidadão passa a ser pautada por movimentos sociais em vários países. No Brasil, o regime ditatorial foi um entrave para essa corrente, mas o contraditório fez surgir, por exemplo, a portaria que determinou a instalação de Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt) em 1972”,ressalta.

Nos últimos 42 anos, a Anamt mudou com o ambiente ao seu redor. Desde 2001, realiza anualmente o Fórum Presença Anamt, que em sua última edição reuniu mais de 650 pessoas em Salvador. Em 2003, participou ativamente do reconhecimento da MT como especialidade médica. Nesses anos, esteve em eventos como o Congresso da Comissão Internacional de Saúde do Trabalho (ICOH). E em 2008, finalizou uma importante meta de seu plano de gestão: instalou em Tocantins, Acre, Amapá e Roraima as Federadas que faltavam para que todos os estados brasileiros contassem com representação regional da Associação.

Em maio, durante o 14º Congresso da Anamt, Dr. Carlos completará 36 meses à frente da diretoria da entidade, que passará por eleições para mais três anos de trabalho. Iniciados os anos 2010, a sensação é de dever cumprido? “Representar a Medicina do Trabalho é certamente uma empreitada infinita, em que o melhor nunca será suficiente, e o conquistado será sempre mais um passo. No horizonte, devem estar não apenas os anseios do médico do trabalho e do trabalhador, mas as necessidades de dignidade e realização que a natureza humana nos impõe”,acredita.

Por |2010-11-04T00:50:39-02:004 de novembro de 2010|Notícias|