Data: 22 de setembro
O artigo “Prazer e sofrimento no trabalho do jornalista”, apresentado no XXXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado de 2 a 5 de setembro em Foz do Iguaçu, PR, mostra como se dá o cotidiano do profissional da área de comunicação. No artigo escrito pela jornalista da Assessoria de Comunicação Social da Fundacentro, Cristiane Oliveira Reimberg, aspectos como gerações, experiências profissionais e a organização do trabalho foram considerados como forma de apresentar como o prazer e o sofrimento se aliam.
Baseado em Christophe Dejours, psiquiatra francês que utiliza a psicodinâmica do trabalho como forma de avaliar a interação do profissional e do ambiente de trabalho, Reimberg entrevistou vinte jornalistas utilizando como hipótese de que ao mesmo tempo em que a profissão exige um ritmo acelerado podendo gerar o adoecimento ou sofrimento, há um outro lado que passa a ser positivo, na medida em que o profissional se sente valorizado e reconhecido.
De acordo com a doutoranda, o que a motivou a escolher o tema foi uma frase do próprio Dejours que em visita ao Brasil colocou que não há como ser jornalista sem sofrer. “Notei que embora exista a precariedade do trabalho, tanto os profissionais jovens quanto os mais velhos disseram ver o trabalho como a vida deles”, destaca Reimberg.
As entrevistas conduzidas foram semiabertas (total de 20), permitindo ouvir desses profissionais suas percepções, a saúde, as relações entre a vida e trabalho, as novas tecnologias e de que forma impactaram na prática jornalística.
A autora escolheu profissionais de diversos meios de comunicação, incluindo grandes veículos, tais como, Folha de S. Paulo, CBN, O Estado de S. Paulo, Diário do Grande ABC, blogs, Record, freelancers, entre outros.
O artigo “Prazer e sofrimento no trabalho do jornalista” faz parte de tese de doutorado a ser defendida no primeiro semestre de 2015. O tema da tese será “O cotidiano jornalístico: organização do trabalho, práticas, prazer e sofrimento”, sob a orientação de Alice Mitika Koshiyama, da ECA/USP.
Disponível para leitura na integra, o artigo está inserido no projeto: Programa Organização do Trabalho e Adoecimento da Fundacentro-Proort.
Fonte: Revista Proteção